quinta-feira, 29 de novembro de 2012

BEATOS DIONÍSIO DA NATIVIDADE E REDENTO DA CRUZ






















Celebramos hoje a memória dos primeiros mártires do Carmelo Teresiano, são eles os beatos Dionísio da Natividade e Redento da Cruz.

No ano de 1598, nasce no seio de uma família nobre em Paredes da Cunha, Tomás Rodrigues da Cunha. Muito jovem ainda foi nomeado capitão. Conquistava as simpatias de quantos o conheciam por sua valentia, destreza e espírito afável e comunicativo. Conheceu os carmelitas descalços e depressa se sentiu atraído pelo estilo de vida destes homens que, seguindo os passos de S. Teresa de Jesus e S. João da Cruz, viviam uma santidade alegre e comunicativa. Depois de certa resistência, conseguiu ingressar na Ordem e recebeu o hábito e o nome de Frei Redento da Cruz.

No ano de 1600, em França (na região de Flandres, onde hoje é a Bélgica), nasceu Pierre Berthelot. Também este jovem se inclinou para o mar fazendo-se marinheiro apenas com 12 anos de idade. Serviu a armada holandesa quando tinha vinte anos. Mas, em breve, trocou o reino da Holanda pelo de Portugal, onde foi nomeado cosmógrafo e piloto-mor. Deixou-se contagiar pelo testemunho do carmelita, Frei Filipe da Santíssima Trindade e decidiu, como ele, fazer-se carmelita. Todos os dias visitava a igreja do Carmo e um dia decidiu tomar hábito. Era a véspera do Natal e recebeu o nome de Frei Dionísio da Natividade.

Seus caminhos se cruzaram no Convento Carmelita de Goa (fundado em 1620) onde ambos viveram.

Em 1636, os holandeses atacam Goa. O Vice-rei das índias escreve ao Prior do Carmo pedindo-lhe licença para o noviço Frei Dionísio comandar as operações. O que aconteceu. Novamente, em 1638, foi solicitado seu comando em uma nova expedição, onde pediu por companheiro a Frei Redento da Cruz.
Ao embarcar Frei Dionísio exclama: «Vamo-nos que tenho de ser mártir». 
De facto, traídos pelo rei de Achem, a armada portuguesa foi surpreendida e detida. Forçaram-nos a renegar a fé mas não conseguiram tal traição a Cristo de nenhum dos 60 prisioneiros. Decidiram o seu martírio. Frei Redento foi o primeiro a ser martirizado, encorajando os companheiros de martírio; Frei Dionísio, o último para a todos confortar. Era o dia 29 de Novembro de 1638.
Quando em Goa se soube do acontecimento, repicaram os sinos na igreja do Carmo como em dia de grande festa e cantaram um Te Deum em ação de graças.



Oração
Senhor, nosso Deus, que concedestes aos mártires Dionísio da Natividade e Redento da Cruz a honra e a graça de dar a vida pelo nome de Cristo, infundi em nós a vossa força, pois somos fracos, e a exemplo daqueles que morreram corajosamente por vosso amor, fazei que saibamos mantermo-nos fortes e fiéis para dar testemunho do vosso amor com a nossa vida. 
Amém.