quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

CONVERSÃO DE SÃO PAULO



"Eu sou Jesus, a quem tu persegues, levanta-te e vai para a cidade"
(Atos dos Apóstolos, Cap. 9)


Toda a Igreja dá graças a Deus pela conversão deste Apóstolo, pela sua divina vocação e pela sua missão específica de pregar o Evangelho aos gentios. Foram tão grandes os benefícios que a Igreja recebeu da poderosa mão de Deus pelo ministério de São Paulo que, em sinal de agradecimento, quis celebrar particularmente o acontecimento da conversão do glorioso Apóstolo. Merece destaque especial o acontecimento de Damasco que foi fundamental para ele.

O apóstolo dos gentios e das nações nasceu em Tarso. Da tribo de Benjamim, era judeu de nação. Tarso era mais do que uma colônia de Roma, era um município. Logo, ele recebeu também o título de cidadão romano. O seu pai pertencia à seita dos fariseus. Foi neste ambiente, em meio a tantos títulos e adversidades, que ele foi crescendo e buscando a Palavra de Deus.

Combatente dos vícios, foi um homem fiel a Deus. Paulo de Tarso foi estudar na escola de Gamaliel, em Jerusalém, para aprofundar-se no conhecimento da lei, buscando colocá-la em prática. Nessa época, conheceu o Cristianismo, que era tido como um seita na época. Tornou-se, então, um grande inimigo dessa religião e dos seguidores desta. Tanto que a Palavra de Deus testemunha que, na morte de Santo Estevão, primeiro mártir da Igreja, ele fez questão de segurar as capas daqueles que o [Santo Estevão] apedrejam, como uma atitude de aprovação. Autorizado, buscava identificar cristãos, prendê-los, enfim, acabar com o Cristianismo. O intrigante é que ele pensava estar agradando a Deus. Ele fazia seu trabalho por zelo, mas de maneira violenta, sem discernimento. Era um fariseu que buscava a verdade, mas fechado à Verdade Encarnada. Mas Nosso Senhor veio para salvar todos.

Encontramos, no capítulo 9 dos Atos dos Apóstolos, o testemunho: "Enquanto isso, Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Apresentou-se ao príncipe dos sacerdotes e pediu-lhes cartas para as sinagogas de Damasco, com o fim de levar presos, a Jerusalém, todos os homens e mulheres que seguissem essa doutrina. Durante a viagem, estando já em Damasco, subitamente o cercou uma luz resplandecente vinda do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: 'Saulo, Saulo, por que me persegues?'. Saulo então diz: 'Quem és, Senhor?'. Respondeu Ele: 'Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro te é recalcitrar contra o aguilhão'. Trêmulo e atônito, disse Saulo: 'Senhor, que queres que eu faça?' respondeu-lhe o Senhor: 'Levanta-te, entra na cidade, aí te será dito o que deves fazer'".

A leitura dos Actos dos Apóstolos (Act.9,1-22) mostra-nos a importância do que sucedeu naquele providencial meio-dia a caminho de Damasco. A mudança de nome que ocorre, de Saulo para Paulo é sinal de uma radical mudança de vida. A experiência vivida por este grande homem é, sobretudo um dom, uma iniciativa de Cristo, que o chamou a uma vida nova (Act.9,15).

Conversões como a de São Paulo há poucas. De grande pecador que foi e inimigo declarado de Cristo e de sua obra, por graça excepcional transformou-se em Apóstolo da religião cristã; como tal trabalhou com uma dedicação admirável, arrostou os maiores perigos e atrozes perseguições, das quais morreu vítima, selando com o sangue a sua amizade a Cristo e a fé em sua divina palavra. Esta conversão tão extraordinária põe em evidência a possibilidade da conversão do maior pecador, e ensina-nos que para os pecados mais graves há perdão e não se deve nunca desesperar da misericórdia divina, que é infinita. É preciso, portanto, que a conversão dos pecadores seja sempre objeto das nossas súplicas, diante do trono de Deus. Como a oração, o sacrifício, o martírio de Santo Estevão alcançou para Saulo a conversão, assim a oração constante dos fiéis é um fator eminente na história da conversão dos pecadores. Estes, por sua vez, aprendam da conversão de São Paulo, que assim como este grande Apóstolo, depois de ter sido tocado pela graça divina, obedeceu incondicionalmente às ordens de Deus, apresentando-se ao sacerdote, assim também eles devem abrir o coração à voz divina, romper os laços que os prendiam ao pecado, e começar uma vida santa e agradável a Deus.


São Paulo, rogai por nós!


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