"Não é, digamos, uma novidade na história da Igreja (o fato de um Papa investigar a conduta da Igreja). Quem conhece bem a história da Igreja, vai constatar em todos os tempos, todos os séculos, todos os Papas sempre fizeram isto, investigações quando havia qualquer suspeita de casos assim, de qualquer crime, sobretudo se fosse acusada alguma pessoa do clero. Quer dizer, o fato de que hoje a imprensa divulga muito isto, os casos de pedofilia e etc. Quer dizer, é uma coisa que se tornou mais evidente hoje, mas não é uma novidade, uma coisa que foi pela primeira vez feita pelo Papa. Todos os papas sempre fizeram isto. Quer dizer, em poucas palavras, todos os papas, desde São Pedro, pronto!
Desde São Pedro até hoje, até o fim do mundo, todos os papas têm feito isto, segundo as circunstâncias históricas em cada momento. O que o Papa acha mais prudente, conforme as circunstâncias históricas, mas, sobretudo, esta, digamos, fidelidade total ao Evangelho. Defender sempre a Lei de Deus, proclamar a Lei de Deus, não aceitar as violações (à Lei de Deus), isto tudo é normal em toda a história da Igreja, agora, cada Papa pode se tornar um pouco mais famoso conforme as circunstâncias em que está vivendo.
Desde São Pedro até o atual, e o futuro, todos os papas têm que seguir fielmente o quê? A Lei de Deus! Como está escrito na Escritura, como está escrito no Evangelho. Não pode dizer: o Papa pra ser progressista agora vai... sei lá, vai aprovar divórcio ou, sei lá... outras coisas que acontecem tanto hoje. Quer dizer que, para nós, essa palavra "conservador" tem esse conteúdo, o Papa deve "conservar" a verdadeira lei de Deus e ter coragem de proclamá-la, agora... simultaneamente, isso é também uma verdade, o Papa estuda, reflete e se pronuncia sobre os problemas atuais, como esse Papa, Bento XVI, tem feito, graças a Deus!
Como fez, sobretudo, o Concílio Vaticano II. Nós nunca podemos esquecer disto. Analisando as situações, até econômicas, políticas e do mundo inteiro, e dizendo: Este comportamento está segundo a lei de Deus; este outro, não. Quer dizer, isto é uma missão da Igreja, mas não quer dizer que a Igreja para ser "progressista" vai ter que aprovar coisas evidentemente contrárias à lei de Deus.
Veja bem... aquele fato histórico... nós primeiro, todos nós, devemos, honestamente, declarar o que foi que aconteceu; aconteceu que aquela menina, ainda muito jovem, engravidou e depois, assim quase inocentemente, foi induzida a praticar um aborto. Pois bem, nós sabemos , pela lei de Deus, que, é o quinto mandamento da Lei de Deus: "Não Matar", e que a Igreja sempre, como está escrito na Bíblia, desde o início continua dizendo isto: não se pode tirar a vida de nenhum inocente. E principalmente daquele inocente que nem nasceu ainda, mas já é uma pessoa humana. Quer dizer, quando acontece um aborto, nós sabemos também, qualquer pessoa que tenha um pouco de erudição (instrução), que conhece um pouco as leis da Igreja, existe no Código de Direito Canônico um cânon que diz assim: "Quem cometeu o aborto está excomungado". Excomunhão significa estar excluído da comunhão com a Igreja, não quer dizer que vai pro inferno, porque pode depois se converter, se arrepender, etc e tal. Mas é um posicionamento da Igreja desde o início. A Igreja nunca pode, nunca fez e nunca faria, aprovar o aborto, agora... o que aconteceu naquele episódio, lá em Recife, eu simplesmente declarei publicamente o que tinha acontecido e citei a lei da Igreja, agora, alguns jornais não entenderam bem, não quiseram entender, dizendo que "Dom José exomungou!". Dom José, eu, declarei que aquela pessoa estava excomungada, chama-se, no Direito Canônico "Excomunhão Latex Sententiae", quer dizer, qualquer pessoa que comete aquele crime automáticamente está excomungada. Então a minha palavra foi só declarar, para que todos tivessem conciência disso. Eu também reconheço que, graças a Deus, recebi mensagens de aprovação, de apoio, de muitos países, até da Autrália, que eu nunca imaginava! De vários países da Europa... É claro que, também, certos jornalistas não escreveram a favor, achavam que "Dom José excomungou!", Dom José não excomungou. Dom José, eu, declarei que aquela pessoa já tinha incorrido na excomunhão, como está claramente, para quem conhecesse um pouco das leis da Igreja. Quem comete, por exemplo, um outro caso que está aí bem claro, quem profana a Eucaristia."
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