quinta-feira, 18 de abril de 2013

FREI ELISEU MANEUS - UM BEATO DIRETOR ESPIRITUAL DE NOSSA ORDEM


  
Frei Eliseu Maneus nasceu em São Mateus (Castellón), no dia 15 de dezembro de 1896, em cuja paróquia foi batizado. E entrou para Ordem Carmelita, recebeu o hábito em 1914. 
Sua Profissão Solene foi em 07 de setembro de 1919.
Foi ordenado sacerdote no dia 06 de janeiro de 1921.

Em 1931 o Padre Geral da Ordem Carmelita, solicitou voluntários para os trabalhos Missionários no Brasil, Frei Eliseu aceitou e partiu chegando no convento do Carmo de Recife onde permaneceu por um ano. Em 1922 foi designados prior e pároco do Convento de Santo Alberto em Goiana PE, dedicando-se às visitas familiares, na administração dos sacramentos sobre tudo o da Reconciliação e sendo diretor espiritual da Ordem Secular Carmelita de Goiana.
Por Causa de Saúde, teve que regressar para Espanha, sendo nomeado Mestre de Noviço no dia 05 de Abril de 1934. Era muito devoto da Virgem do Carmo, e de Jesus Crucificado, sempre levava com ele um crucifixo.

Seu lema era: “estender, às fronteiras, o amor de meu Rei Jesus e de minha Rainha, a Imaculada Virgem do Carmo”. Manifestou e fomentou no meio de seus fiéis este profundo amor à Virgem Maria e também à Santíssima Eucaristia.
Seu Ideal: “Arrebanhar uma plêiade de almas generosas dedicadas ao amor, ávidas por uma vida espiritual.”

O Beato Eliseu Maria Maneus, foi assassinado juntamente com 12 religiosos da comunidade Carmelitas de Tárrega, em 29 de julho de 1936. Tinha 40 anos de idade e 24 de vida religiosa, quando negou o comunismo espanhol depois de ser tentado pelos soldados comunistas a renunciar a fé e assumir o ideal comunista, sendo então martirizado por mão destes. Na hora do Martírio, gritou suas últimas palavras: “Viva Cristo Rei, e a Imaculada Conceição de Maria.”

O Papa Bento XVI o beatificou em 28 de Outubro de 2007.

TEMPO PASCAL - CELEBRAÇÃO DA RESSURREIÇÃO DE CRISTO

“Exulte o céu, e os Anjos triunfantes, mensageiros de Deus, desçam cantando; façam soar trombetas fulgurantes, a vitória de um Rei anunciando”.



 É assim que a Igreja celebra o anúncio da vitória da Vida sobre a morte, da Luz sobre as trevas: Cristo Ressuscitou, Aleluia! No céu se realiza essa grandiosa festa entre os anjos que, cumprindo a missão a eles confiada, descem para a terra e comunicam aos homens essa linda realidade. A festa do céu chegou até nós! Aquele que estava morto vive! O fogo novo do Círio Pascal entra na igreja ainda escura para mostrar essa vitória da vida sobre a morte.

A luz nova que entra na igreja é o sinal da Luz de Cristo que também chega até os nossos corações. Todos são iluminados, só precisamos deixar que essa Luz Verdadeira penetre o mais profundo em nosso ser, dissipando qualquer sombra e erradicando em nós as raízes da vida velha. A Páscoa é muito mais que a “festa do chocolate”. Para nós, resgatar o verdadeiro sentido desta solenidade é questão de crescimento na nossa identidade de cristãos autênticos.

A ressurreição de Cristo dá o sentido de todas as outras festas cristãs, enche de esperança os sofrimentos e inaugura um tempo novo de crescimento rumo à realização do projeto de Deus também para nós. Aquele que morreu por nós, também por nós ressuscitou, para deixar claro que esse projeto do Pai também se realizará nas nossas vidas.

Esse tempo que é essencialmente marcado pela alegria do Cristo Ressuscitado é chamado de "Tempo Pascal", que compreende cinquenta dias a partir do domingo da Ressurreição até o domingo de Pentecostes, vividos e celebrados com grande júbilo, como se fosse um só e único dia festivo, como um grande domingo. A Páscoa é o centro do Ano Litúrgico e de toda a vida da Igreja. Celebrá-la é celebrar a obra da redenção humana e da glorificação de Deus que Cristo realizou quando, morrendo, destruiu a morte; e ressuscitando, renovou a nossa vida.

Irradiemos ao nosso redor a esperança e a certeza da presença de Cristo Ressuscitado. Que se encha nosso olhar de luz, como os das mulheres que viram o sepulcro vazio e o Filho de Deus ressuscitado (Mt 28). Que possamos também nós, numa só fé, exclamar como elas “o Senhor Ressuscitou, aleluia”.


quinta-feira, 14 de março de 2013

PRIMEIRA MISSA DO PAPA FRANCISCO

Fiéis acompanharam a missa por telões na Praça de São Pedro (Johannes Eisele/AFP)
Fiéis acompanharam a missa por telões na Praça de São Pedro

O papa Francisco começou na tarde desta quinta-feira (14/3) a primeira missa como pontífice na Capela Sistina com os cardeais eleitores. Vestido com os paramentos dourados e com a mitra, o Papa entrou na Capela do Vaticano acompanhado dos 114 cardeais eleitores que na quarta-feira o converteram no primeiro pontífice latino-americano da história. Na Praça de São Pedro, milhares de fiéis acompanharam o momento solene por telões.

"Quando caminhamos sem a cruz, edificamos sem a cruz e confessamos com Cristo sem cruz, não somos discípulos do Senhor. Somos mundanos, bispos, padres, cardeais, papas, mas não discípulos do Senhor", disse o Papa.

O pontífice iniciou nesta manhã o primeiro dia como pontífice indo a uma basílica romana para orar em particular diante da Virgem e homenageá-la com um ramo de flores. Ele permaneceu 20 minutos ante a imagem antiga da Virgem e depositou um ramo de flores, bem simples, de acordo com um um dos 15 seminaristas, freiras e padres que assistiram à primeira atividade do Papa fora do Vaticano.


"Orem pelo Papa", pediu, em italiano, da mesma maneira que o fez na véspera, diante da multidão entusiasmada que o recepcionou na Praça de São Pedro, um gesto surpreendente, quase uma revolução para o líder de uma Igreja com 1,2 bilhão de católicos, ao pedir ao mundo que abençoasse seu bispo e não oferecendo sua bênção ao mundo. "Rezem por mim e nos veremos em breve. Amanhã pedirei à Virgem que proteja Roma. Boa noite a todos e descansem", anunciou nessa primeira mensagem como pontífice, transmitida ao vivo pelos canais de tevê. 

Na terça-feira (29), Dia de São José, ocorre a grande cerimônia de entronização do novo pontífice. 


Veja a primeira homilia do Papa Francisco, com tradução para o português no link: http://www.youtube.com/watch?v=oP_INg_6Nlo

Ou assista em espanhol, com melhor áudio, no link:
http://www.youtube.com/watch?v=om7M1EhSBXM


Fonte: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/especiais/novo-papa/2013/03/14/interna-novo-papa,354718/primeira-missa-do-papa-francisco-com-cardeais-e-celebrada-na-capela-sistina.shtml

PAPA FRANCISCO VISITA IGREJA EM ROMA


O Papa Francisco, eleito nesta quarta-feira (13) o novo pontífice da Igreja Católica, visitou na manhã desta quinta-feira (14), em sua primeira saída oficial do Vaticano, a Igreja de Santa Maria Maggiore, no Centro de Roma.
O argentino Jorge Mario Bergoglio havia avisado, durante seu primeiro discurso aos fiéis na Praça de São Pedro, que iria à igreja nesta quinta-feira.

Ele chegou ao local por volta das 8h e ficou cerca de 30 minutos. No período, fez uma oração na capela que guarda uma imagem de Nossa Senhora e conversou com padres e outros funcionários da Igreja.
“Foi algo muito emocionante, fantástica, inesquecível. A bondade e a paternidade que se veem no novo Santo Padre são enormes. É preciso se encontrar com ele para entender”, afirmou o padre Ludovico Melo.

“O Santo Padre chegou à Basílica, rezou em frente a Maria. Depois nos saudou, cumprimentou todos individualmente, falou algumas palavras com cada um. Falou com todos como um pai aos filhos, com muita humildade”, disse o padre. “Não foi um encontro com um Papa, mas sim com um padre. Ele é muito simples, humilde. Esperamos dele o ânimo franciscano, com toda a simplicidade e humildade.”

Após cumprimentar os padres, o Papa rezou diante do altar onde Santo Inácio celebrou a primeira missa da basílica, e  saudou também seus predecessores, rezando em frente ao túmulo no túmulo de São Pio V.

Um pedido especial foi feito aos padres que atendem as confissões dos fieis. “Ele me disse ‘vocês que confessam as pessoas, sejam misericordiosos’”, afirmou o padre Ludovico.

Historicamente, os Papas eleitos costumam fazer uma visita à Igreja, que é uma das quatro basílicas papais de Roma. “Até o santo Padre é filho de Deus, e precisa de ajuda de sua mãe”, disse o padre Ludovico.

TEMOS UM PAPA!!!!!


Os fieis desde a manhã do dia 13 de março olhavam atentos para a chaminé, à espera do resultado, mas tudo o que viam eram dois pássaros, roubando a atenção de todos. Televisões e fotógrafos registraram, por um longo período, as aves se alternando no topo da chaminé. Depois de uma longa espera,  às 19h05 (15h05, horário de Brasília) surge a tão esperada fumaça branca: um novo papa havia sido escolhido, para a alegria de todos, que em pouco tempo lotaram a Praça de São Pedro, para ver o rosto do novo papa.







Depois da explosão de alegria da multidão pelo resultado visto na chaminé, segue uma espera ansiosa para saber quem era o escolhido, sua nacionalidade e qual o nome que este escolheria.



 Cerca de uma hora de espera e as luzes da sacada são ligadas e, pouco tempo depois, as portas são abertas e o cardeal francês Jean-Louis Tauran pode ser visto anunciando o Habemus Papam (Temos Papa), seguido do nome do cardeal escolhido, Jorge Mario Bergolio, argentino e jesuíta, e do nome escolhido por ele, Papa Francisco, sendo o primeiro latino-americano feito papa e o primeiro Papa a escolher o nome Francisco na história da Igreja.


Pouco tempo depois aparece aquele que todos queriam ver, o novo papa. Com aclamações muito vívidas e aplausos, aparece o então Papa Francisco, que, logo em sua primeira aparição, cativou todos com sua simplicidade, humildade e carisma. Quatro palavras usadas no seu discurso podem definir este papa e como deverá ser seu papado: Hospitalidade, humildade, silêncio e oração. Seu nome, inspirado em São Francisco de Assis, é, com certeza, um presságio do estilo que o novo pastor da Igreja de Cristo deverá adotar para governá-la, sendo como características fortes desse santo: a pobreza, a proximidade com o povo mais pobre e necessitado, a bondade, a caridade, a paciência e espírito decidido e reformador.






Permaneçamos unidos, com alegria, em oração ao Papa Francisco, e que ele venha para guiar o rebanho que lhe foi confiado por Deus. Por certo ele encontrará ainda muitas adversidades pela frente, portanto, devemos mantê-lo sempre em nossas orações porque muitos serão os desafios a enfrentar e o nosso pastor necessitará da graça sempre abundante do Bom Deus e das suas pequenas ovelhas para apoiá-lo.

Nossa Senhora do Carmo, rogai por nós e pelo Papa Francisco!


quarta-feira, 13 de março de 2013

SEGUNDO DIA DE CONCLAVE




A primeira votação hoje (13), no segundo dia do conclave que elegerá o sucessor do papa emérito Bento XVI, não teve consenso. A fumaça escura, indicando a ausência de decisão, foi vista na chaminé da Capela Sistina por volta das 11h35 (hora local, 7h35 em Brasília) O cálculo dos vaticanistas é que o conclave dure, no mínimo, três dias e, no máximo, 11.

Estão previstas nesta quarta-feira mais duas votações à tarde. Uma segunda fumaça deverá ser emitida pela chaminé da Capela Sistina no começo da noite (meio da tarde de Brasília), indicando a decisão do conclave.

Diferentemente do que ocorreu ontem (12), não há missas nem cerimônias. Os 115 cardeais serão mantidos isolados, sem comunicação externa e sob a segurança da Guarda Suíça Pontifícia – que faz a guarda pessoal do papa desde o início do século 16.

As votações ao longo do dia ocorrerão da mesma forma: secretas, em papel, com os cardeais disfarçando a letra. A cada votação, as cédulas são checadas por três escrutinadores e revisadas pela mesma quantidade de cardeais. Ao final, as cédulas, depositadas em urnas de bronze, são retiradas e levadas para o forno - no qual são queimadas.

Para a obtenção da cor branca ou escura da fumaça, vista na Praça de São Pedro, símbolo da decisão dos cardeais, é adicionada à queima das cédulas de papel um produto químico. A fumaça pode ser  vista, da chaminé da capela, por cinco minutos.

Estamos acompanhando tudo com ansiedade e unidos em oração.



PRIMEIRO DIA DE CONCLAVE


Nesse período de Sede Vancante, a Igreja e o mundo volta as atenções para Roma, onde os cardeais já estão reunidos em Conclave para a eleição do novo Papa. Nesse primeiro dia de votações o que pode ser visto pouco antes das 20hs na chaminé instalada na Capela Sistina foi a fumaça preta, sinal de que ainda não houve consenso na votação dos 115 cardeais, ou seja, ainda não foi eleito o novo Papa; o que não foi surpresa, pois nenhum dos últimos foi escolhido em menos de dois dias.



A cerimônia do início do conclave começou com a missa Pro Eligendum Romano Pontifice. Na parte da tarde os cardeais seguiram em procissão desde a Capela Paulina ate à Capela Sistina. Em fila, todos entoaram a tradicional ladainha, em nome de todos os santos. Um cardeal após o outro fez o juramento, em latim, de manter segredo sobre o conclave. O mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, monsenhor Guido Marini, então, proferiu em voz alta e forte a expressão em latim extra omnes (saiam todos). Oficiais, religiosos e jornalistas abandonaram a capela. Logo em seguida, a pesada porta de madeira foi fechada, dando assim, início ao conclave. 


Na praça de São Pedro, milhares de fieis se uniam em oração e mantinham os olhos na chaminé, dando mostra de apoio e torcendo pelos cardeais representantes de seus países. 
A Igreja está unida aos cardeais e se une, não só em Roma, mas no mundo inteiro, em oração e todos esperam com muita esperança e confiança em Deus o escolhido pelo Divino Espírito Santo para ser o novo Papa da Igreja de Cristo. 


Oremos e peçamos à Virgem do Carmelo para que rogue a Deus pela Santa Igreja e pelo sucessor de Bento XVI.


quarta-feira, 6 de março de 2013

ENTREVISTA COM DOM JOSÉ - PARTE II

Na segunda parte da entrevista com Dom José Cardoso, feita pelo Jornal do Commercio online no dia 28 de fevereiro de 2013 no Convento de Santo Alberto, vemos este falar sobre a investigação da Igreja acerca da conduta de seus membros,  sobre o novo Papa e esclarecendo o episódio do aborto e possível excomunhão de uma jovem em Recife, que muito foi noticiada pela mídia na época em que era o arcebispo de Olinda e Recife, mas com uma série de mal-entendidos. Confira o video e, abaixo, a transcrição da entrevista.


"Não é, digamos, uma novidade na história da Igreja (o fato de um Papa investigar a conduta da Igreja). Quem conhece bem a história da Igreja, vai constatar em todos os tempos, todos os séculos, todos os Papas sempre fizeram isto, investigações quando havia qualquer suspeita de casos assim, de qualquer crime, sobretudo se fosse acusada alguma pessoa do clero. Quer dizer, o fato de que hoje a imprensa divulga muito isto, os casos de pedofilia e etc. Quer dizer, é uma coisa que se tornou mais evidente hoje, mas não é uma novidade, uma coisa que foi pela primeira vez feita pelo Papa. Todos os papas sempre fizeram isto. Quer dizer, em poucas palavras, todos os papas, desde São Pedro, pronto! 
Desde São Pedro até hoje, até o fim do mundo, todos os papas têm feito isto, segundo as circunstâncias históricas em cada momento. O que o Papa acha mais prudente, conforme as circunstâncias históricas, mas, sobretudo, esta, digamos, fidelidade total ao Evangelho. Defender sempre a Lei de Deus, proclamar a Lei de Deus, não aceitar as violações (à Lei de Deus), isto tudo é normal em toda a história da Igreja, agora, cada Papa pode se tornar um pouco mais famoso conforme as circunstâncias em que está vivendo.

Desde São Pedro até o atual, e o futuro, todos os papas têm que seguir fielmente o quê? A Lei de Deus! Como está escrito na Escritura, como está escrito no Evangelho. Não pode dizer: o Papa pra ser progressista agora vai... sei lá, vai aprovar divórcio ou, sei lá... outras coisas que acontecem tanto hoje. Quer dizer que, para nós, essa palavra "conservador" tem esse conteúdo, o Papa deve "conservar" a verdadeira lei de Deus e ter coragem de proclamá-la, agora... simultaneamente, isso é também uma verdade, o Papa estuda, reflete e se pronuncia sobre os problemas atuais, como esse Papa, Bento XVI, tem feito, graças a Deus! 
Como fez, sobretudo, o Concílio Vaticano II. Nós nunca podemos esquecer disto. Analisando as situações, até econômicas, políticas e do mundo inteiro, e dizendo: Este comportamento está segundo a lei de Deus; este outro, não. Quer dizer, isto é uma missão da Igreja, mas não quer dizer que a Igreja para ser "progressista" vai ter que aprovar coisas evidentemente contrárias à lei de Deus.

Veja bem... aquele fato histórico... nós primeiro, todos nós, devemos, honestamente, declarar o que foi que aconteceu; aconteceu que aquela menina, ainda muito jovem, engravidou e depois, assim quase inocentemente, foi induzida a praticar um aborto. Pois bem, nós sabemos , pela lei de Deus, que, é o quinto mandamento da Lei de Deus: "Não Matar", e que a Igreja sempre, como está escrito na Bíblia, desde o início continua dizendo isto: não se pode tirar a vida de nenhum inocente. E principalmente daquele inocente que nem nasceu ainda, mas já é uma pessoa humana. Quer dizer, quando acontece um aborto, nós sabemos também, qualquer pessoa que tenha um pouco de erudição (instrução), que conhece um pouco as leis da Igreja, existe no Código de Direito Canônico um cânon que diz assim: "Quem cometeu o aborto está excomungado". Excomunhão significa estar excluído da comunhão com a Igreja, não quer dizer que vai pro inferno, porque pode depois se converter, se arrepender, etc e tal. Mas é um posicionamento da Igreja desde o início. A Igreja nunca pode, nunca fez e nunca faria, aprovar o aborto, agora... o que aconteceu naquele episódio, lá em Recife, eu simplesmente declarei publicamente o que tinha acontecido e citei a lei da Igreja, agora, alguns jornais não entenderam bem, não quiseram entender, dizendo que "Dom José exomungou!". Dom José, eu, declarei que aquela pessoa estava excomungada, chama-se, no Direito Canônico "Excomunhão Latex Sententiae", quer dizer, qualquer pessoa que comete aquele crime automáticamente está excomungada. Então a minha palavra foi só declarar, para que todos tivessem conciência disso. Eu também reconheço que, graças a Deus, recebi mensagens de aprovação, de apoio, de muitos países, até da Autrália, que eu nunca imaginava! De vários países da Europa... É claro que, também, certos jornalistas não escreveram a favor, achavam que "Dom José excomungou!", Dom José não excomungou. Dom José, eu, declarei que aquela pessoa já tinha incorrido na excomunhão, como está claramente, para quem conhecesse um pouco das leis da Igreja. Quem comete, por exemplo, um outro caso que está aí bem claro, quem profana a Eucaristia."


ENTREVISTA COM DOM JOSÉ - PARTE I

No dia 28 de fevereiro de 2013 foi publicado no site do Jornal do Commercio duas entrevistas feitas com Dom José Cardoso Sobrinho, arcebispo emérito de Olinda e Recife, no Convento Carmelita de Santo Alberto, Goiana-PE. Nesta primeira parte ele foi perguntado acerca da eleição do Papa, e esta entrevista pode ser vista no video a seguir. Acompanhe, abaixo, as palavras de Dom José nesta entrevista.




"Com toda a Igreja, nós temos certeza que o próximo Papa vai ser aquele escolhido por Deus. Nós não podemos, nem devemos, apresentar nenhum candidato; não se trata, quando se fala no Conclave, eleição do Papa, como eleições políticas, não se apresenta nenhum candidato. Quer dizer, todos, sobretudo os cardeais que estão lá, que são os eleitores direto do próximo Papa, normalmente entre é eles que se escolhe um candidato. Já aconteceu na história da Igreja de eleger um que nem era cardial, mas normalmente hoje, nos últimos séculos, tem sido assim. Quer dizer, a nossa certeza é esta: vai ser colocado outra vez como sucessor de São Pedro aquele que foi escolhido pelo próprio Deus, agora, a Igreja toda fica acompanhando. E os cardeais estão ali inspirados por Deus.

Eu me lembro muito de um episódio tão interessante que, quando um cardeal me convidou para aceitar o Episcopado, esse cardial tinha saído fazia dois meses do Conclave em que foi eleito o João Paulo II, ele me disse isto: antes da eleição estavam os cardeais reunidos em Conclave, e, ele disse, <<antes da eleição, um cardeal tomou a palavra e disse aos seus colegas: "Eu peço a vocês todos, não sejam covardes, tenham fé em Deus. Aquele que for eleito, faça este ato de fé, é vontade de Deus. Porque os seus colegas cardeais acharam que é a pessoa mais indicada".>>  Quer dizer, normalmente os cardeais entram no Conclave e nenhum deles está esperando ou desejando "Eu vou ser Papa!", mas quem for eleito, na hora faz este ato de fé. Nós temos na história da Igreja exemplos maravilhosos de papas que aceitaram com total humildade, e hoje são santos.

Queria deixar bem claro: não vai haver coexistência de dois papas! O papa é sempre um só. Nós sabemos que, por inspiração de Deus, o Papa atual decidiu renunciar. Quando ele assinar a renúncia ele não é mais Papa, ele foi Papa; hoje é um Papa, como dizem, Emérito, ou aposentado, mas realmente ele não tem mais nenhum poder papal. Ele exerceu esse ministério em nome de Deus, com a aprovação dos outros cardeais e etc, mas a partir daquele momento que ele renunciou ele não é mais Papa."


sábado, 16 de fevereiro de 2013

PAPA ENVIA MENSAGEM AO BRASIL PARA CAMPANHA DA FRATERNIDADE

Este ano, a Igreja Católica trabalhará com o tema "Fraternidade e Juventude", em referência à Jornada Mundial da Juventude, que acontecerá no Rio de Janeiro

 

 

Enquanto não chega o dia 28 de fevereiro, data marcada para Bento XVI deixar o cargo, o papa mantém suas funções como líder da Igreja Católica. Nesta quarta-feira, data que marca o começo da campanha da fraternidade, Bento XVI enviou uma mensagem ao povo brasileiro. O tema deste ano será “Fraternidade e Juventude”, em uma referência à Jornada Mundial da Juventude, que será sediada no Rio de Janeiro e atrairá aproximadamente 1,5 milhão de católicos.

O papa lembrou o pedido que fez aos jovens brasileiros em 2007, quando esteve em São Paulo, para que fossem protagonistas de uma sociedade mais justa e fraterna inspirada no Evangelho. "Convido os jovens brasileiros a buscarem sempre mais no Evangelho de Jesus o sentido da vida, a certeza de que é através da amizade com Cristo que experimentamos o que é belo e nos redime”, disse na carta enviada ao Brasil nesta quarta.

Íntegra da mensagem do Papa Bento XVI por ocasião do início da Campanha da Fraternidade

Queridos irmãos e irmãs,

Diante de nós se abre o caminho da Quaresma, permeado de oração, penitência e caridade, que nos prepara para vivenciar e participar mais profundamente na paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. No Brasil, esta preparação tem encontrado um válido apoio e estímulo na Campanha da Fraternidade, que este ano chega à sua quinquagésima realização e se reveste já das tonalidades espirituais da XXVII Jornada Mundial da Juventude no Rio de Janeiro em julho próximo: daí o seu tema “Fraternidade e Juventude”, proposto pela Conferência Episcopal Nacional com a esperança de ver multiplicada nos jovens de hoje a mesma resposta que dera a Deus o profeta Isaías: “Eis-me aqui, envia-me!”(6,8).

De bom grado associo-me a esta iniciativa quaresmal da Igreja no Brasil, enviando a todos e cada um a minha cordial saudação no Senhor, a quem confio os esforços de quantos se empenham por ajudar os jovens a tornar-se – como lhes pedi em São Paulo – “protagonistas de uma sociedade mais justa e mais fraterna inspirada no Evangelho” (Discurso aos jovens brasileiros, 10/05/2007). É que os “sinais dos tempos”, na sociedade e na Igreja, surgem também através dos jovens; menosprezar estes sinais ou não os saber discernir é perder ocasiões de renovação. Se eles forem o presente, serão também o futuro. Queremos os jovens protagonistas integrados na comunidade que os acolhe, demonstrando a confiança que a Igreja deposita em cada um deles. Isto requer guias – padres, consagrados ou leigos – que permaneçam novos por dentro, mesmo que o não sejam de idade, mas capazes de fazer caminho sem impor rumos, de empatia solidária, de dar testemunho de salvação, que a fé e o seguimento de Jesus Cristo cada dia alimentam.

Por isso, convido os jovens brasileiros a buscarem sempre mais no Evangelho de Jesus o sentido da vida, a certeza de que é através da amizade com Cristo que experimentamos o que é belo e nos redime: “Agora que isto tocou os teus lábios, tua culpa está sendo tirada, teu pecado, perdoado” (Is 6,7). Desse encontro transformador, que desejo a cada jovem brasileiro, surge a plena disponibilidade de quem se deixa invadir por um Deus que salva: “Eis-me aqui, envia-me!’ aos meus coetâneos” - ajudando-lhes a descobrir a força e a beleza da fé no meio dos “desertos (espirituais) do mundo contemporâneo, em que se deve levar apenas o que é essencial: (…) o Evangelho e a fé da Igreja, dos quais os documentos do Concílio Vaticano II são uma expressão luminosa, assim como o é o Catecismo da Igreja Católica” (Homilia na abertura do Ano da Fé, 11/10/2012).

Que o Senhor conceda a todos a alegria de crer n’Ele, de crescer na sua amizade, de segui-Lo no caminho da vida e testemunhá-Lo em todas situações, para transmitir à geração seguinte a imensa riqueza e beleza da fé em Jesus Cristo. Com votos de uma Quaresma frutuosa na vida de cada brasileiro, especialmente das novas gerações, sob a proteção maternal de Nossa Senhora Aparecida, a todos concedo uma especial Bênção Apostólica.

 

FONTE: http://veja.abril.com.br/noticia/internacional/papa-bento-xvi-envia-mensagem-ao-brasil 

 

MENSAGEM DO PAPA BENTO XVI EM OCASIÃO DA QUARESMA


“Queridos irmãos e irmãs,

Hoje, Quarta-feira de Cinzas, iniciamos a Quaresma, tempo de preparação para a Páscoa.
 
Estes quarenta dias de penitência nos recordam os dias que Jesus passou no deserto, sendo então tentado pelo diabo para deixar o caminho indicado por Deus Pai e seguir outras estradas mais fáceis e mundanas.
 
Refletindo sobre as tentações a que Jesus foi sujeito, cada um de nós é convidado a dar resposta a esta pergunta fundamental: O que é que verdadeiramente conta na minha vida?
Que lugar tem Deus na minha vida? O senhor dela é Deus ou sou eu?
 
De fato, as tentações se resumem no desejo de instrumentalizar Deus para os nossos próprios interesses, em querer colocar-se no lugar de Deus.
 
Jesus se sujeitou às nossas tentações a fim de vencer o maligno e abrir-nos o caminho para Deus.
 
Por isso, a luta contra as tentações, através da conversão que nos é pedida na Quaresma, significa colocar Deus em primeiro lugar como fez Jesus, de tal modo que o Evangelho seja a orientação concreta da nossa vida.

 
Possa cada um de vós viver estes quarenta dias como um generoso caminho de conversão à santidade que o Deus Santo vos pede e quer dar!
As suas bênçãos desçam abundantes sobre vós e vossas famílias! Obrigado!”

TEMPO DA QUARESMA



A Igreja está vivendo a Quaresma que, na linguagem corrente, abrange os dias que vão da Quarta-feira de Cinzas até o Sábado Santo. Contudo, a liturgia propriamente quaresmal começa com o primeiro Domingo da Quaresma e termina com o sábado antes do Domingo da Paixão. Pode ser considerado o tempo litúrgico mais rico em ensinamentos e foi intituido como preparação para o Mistério Pascal.
 
Com a imposição das cinzas, se inicia uma estação espiritual particularmente relevante para todo cristão que quer se preparar dignamente para viver este Mistério que compreende a Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.

Este tempo vigoroso do Ano litúrgico se caracteriza pela mensagem bíblica que pode ser resumida em uma palavra: " matanoeiete", que quer dizer "Convertei-vos". Este imperativo é proposto à mente dos fiéis mediante o austero rito da imposição das cinzas, o qual, com as palavras "Convertei-vos e crede no Evangelho" e com a expressão "Lembra-te de que és pó e para o pó voltarás", convida a todos a refletir sobre o dever da conversão, recordando a inexorável caducidade e efêmera fragilidade da vida humana, sujeita à morte.


O jejum, prática própria deste tempo e prescrita pela Igreja aos fieis, consistia originariamente numa única refeição tomada à tardinha; por volta do século XV tornou-se uso comum o almoço ao meio-dia. Com o correr dos tempos, verificou-se que era demasiado penosa a espera de vinte e quatro horas; foi-se por isso introduzindo o uso de se tomar alguma coisa à tarde, e logo mais também pela manhã, costume que vigora ainda hoje. O jejum atual, portanto, consiste em tomar uma só refeição diária completa, na hora de costume: pela manhã, ao meio-dia ou à tarde, com duas refeições leves no restante do dia, ou seja, tomar uma só refeição, bem nutrida, e nas outras horas tomar porções mais reduzidas, suficientes apenas para saciar-se e não para "empanturrar-se";

A Igreja prescreve, além do jejum, também a abstinência de carne, que consiste em não comer carne ou derivados, em alguns dias do ano, que variam conforme determinação dos bispos locais e que, como manda a Regra do Carmo, é obrigatório ao carmelita nas quartas e sextas (assim como o jejum obrigatório também nas sextas-feiras). 


Praticar a abstinência é privar-se de algo, não só de carne. Por exemplo, se temos o hábito diário de assistir televisão, fumar, etc, vale o sacrifício de abster-se destes itens nesses dias. A obrigação de se abster de carne começa aos 15 anos e deve ser observado, nos dias previstos, até o fim da vida. A obrigação de jejuar vai dos 21 aos 59 anos. Quem está doente (isto também vale para as mulheres grávidas) não está obrigado a jejuar.

Assim como no Antigo Testamento, devemos relembrar o retiro de Moisés, o longo jejum do profeta Elias e do Salvador. Este é um tempo essencialmente de mortificações, renúncias e penitências. É tempo de, unidos à Cristo, subirmos o monte em oração e seguir a Cristo até o Calvário, para então, com ele, ressuscitarmos, pois, como diz São Paulo: "Participamos dos sofrimentos de Cristo para participarmos também da sua glória" (Rom. 8, 17).

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

BENTO XVI ANUNCIA SUA RENÚNCIA COMO PAPA




O Vaticano confirmou na manhã desta segunda-feira, memória de Nossa Senhora de Lourdes, que o papa Bento XVI vai renunciar ao posto de líder mundial da Igreja Católica no próximo dia 28 de fevereiro. Ele anunciou em latim a decisão pela primeira vez durante um consistório (reunião de cardeais) no Vaticano nesta segunda-feira. 

Em comunicado, o Papa disse que tomou a decisão por considerar que sua condição de saúde e idade avançada já não eram adequadas para continuar no cargo. Ele continuará realizando suas funções normalmente até o dia 28 de fevereiro.

"Após ter repetidamente examinado minha consciência ante Deus, eu tive a certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, não são mais ideais para um adequado exercício do ministério Petrino", disse o Papa em comunicado. 

Em entrevista coletiva para esclarecer a decisão do Papa, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, afirmou na manhã desta segunda-feira que a decisão pegou "todos de surpresa", incluindo os assistentes mais próximos. Ele também salientou que a decisão não foi tomada por quaisquer dificuldades que Bento XVI possa ter encontrado em seu papado, nem por uma doença específica, apenas pela idade avançada.

Bento XVI completará 86 em abril. Ele é o terceiro Papa mais velho da história, atrás apenas de Leão XII, que morreu aos 93 anos, e Clemente X, que chegou aos 86 anos.

O porta-voz disse que o novo Conclave para eleger um novo Papa deverá ser realizado em algum ponto de março, antes do final do mês. Bento XVI não irá participar da escolha, segundo Lombardi.

O porta-voz também anunciou Bento XVI deve ir à residência papal de verão, nas proximidades de Roma, após sua renúncia entrar em efeito. Posteriormente, o Papa deve retornar ao Vaticano para morar em uma residência reclusa e dedicar o restante de sua vida a orações, escrever e estudar a fé. 

Em entrevista à agências de notícias alemã DPA, Georg Ratzinger, irmão mais velho de Bento XVI, afirmou que o sumo pontífice tem cada vez mas dificuldades para andar, o que complica sua vida pública, e ressaltou que seu "irmão quer mas tranquilidade a esta idade". "A idade oprime", disse Georg. 

O alemão Joseph Ratzinger, 85 anos, se tornou Papa em abril de 2005. Ele substituiu João Paulo II, que morreu no mesmo mês. Ao contrário do atual pontífice, João Paulo II permaneceu no posto mesmo doente até sua morte, aos 92 anos. 

Bento XVI deveria vir ao Brasil em julho deste ano. Ele participaria da Jornada Mundial da Juventude que acontecerá no Rio de Janeiro.

Renúncia Papal

 A renúncia de um Papa está prevista no Código de Direito Canônico, que estabelece que para que seja válida é necessário que seja livre e especifica que não precisa ser aceita por ninguém.

"Se o Romano pontífice renunciar a seu ofício, requer-se para a validade que a renúncia seja livre e se manifeste formalmente, mas que não seja aceita por ninguém", estabelece o cânone 332,2 do Código de Direito Canônico, único elemento válido para julgar o tema.

O último Sumo Pontífice a renunciar foi Gregório XII, em 1415. Bento XVI é o quarto Papa a renunciar ao cargo.


Confira a íntegra do comunicado de Bento XVI:



"Queridos irmãos,

Eu convoquei vocês para esse Consistório, não apenas para as três canonizações, mas também para comunicá-los de uma decisão de grande importância para a vida da Igreja. Após ter repetidamente examinado minha consciência ante Deus, eu tive a certeza de que as minhas forças, devido à idade avançada, não são mais ideais para um adequado exercício do ministério Petrino. Eu estou bem consciente de que esse ministério, devido à sua essencial natureza espiritual, deve ser realizado não só com palavras e ações, mas não menos com orações e sofrimento. Contudo, no mundo de hoje, sujeito a rápidas mudanças e agitado por questões de profunda relevância para a vida da fé, de modo a governar a casa de São Pedro e proclamar o Evangelho, ambas as forças mental e de corpo são necessárias, forças que em mim nos últimos meses se deterioraram a um ponto que eu tenho de reconhecer minha incapacidade para cumprir adequadamente o ministério a mim confiado. Por esta razão, e totalmente ciente da seriedade do ato, com toda a liberdade eu declaro que renunciarei ao ministério do Bispo de Roma, Sucessor de São Pedro, a mim confiado pelos cardeais em 19 de abril de 2005, de maneira que, a partir das 20h do dia 28 de fevereiro, a Sé de Roma, a Sé de São Pedro, estará vaga e um Conclave para eleger o novo Sumo Pontífice deverá ser convocado por aqueles competentes para isso.


Queridos irmãos, eu os agradeço com muita sinceridade por todo amor e trabalho com o qual vocês apoiaram o meu ministério e peço perdão por todos os meus defeitos. E agora, confiemos a nossa Santa Igreja aos cuidados de nosso Supremo Pastor, nosso Senhor Jesus Cristo, e implorar que sua sagrada Mãe Maria para que ela ajude os Padre Cardeais com a sua solicitude materna na eleição do novo Sumo Pontífice. Em relação a minha pessoa, eu desejo também devotadamente servir a Santa Igreja de Deus no futuro através de uma vida dedicada a orações."


BENTO XVI


Rezemos pelo Santo Padre e pela Santa Igreja!